No principado
morava um Príncipe
tinha já marcado o tempo
e sem Norte
foi indo até ao ponto
mais alto do Sul
Sem o encontro habitual
dos dias claros
faz deles noite cerrada
Ajoelhado, entoava
cânticos abissais
encolerizado, suplicava
por novos tempos
No princípio
tudo era um nada absoluto
tudo era um ponto
onde nascia um novo ponto
Mas por ora
tudo é movimento
intersecção
escoriação
escuridão…
até que do princípio
exploda o vazio
lacrimejante
no rosto marcado
por um único ponto
onde nasce
a verdadeira exclamação
Onde se encontram
os rostos inexpressivos
com marcas até de um nada
prestes a iniciar-se?
Num jardim abandonado
está agora mais próximo
de ser amanhã
Na rua sem nome, encontrou
alguém que lhe disse onde era
o princípio de tudo
Dakini 2014
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