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sexta-feira, 5 de junho de 2015

Canais

Hoje o pensamento não passa de uma fonte de rendimento às causas mais obsoletas dos vários tipos de linguagem. Satisfaço-me por completo quando durmo. Enquanto isso, não me canso a tentar ocupar um espaço, que por si só, já comunica com os vários estados diferenciados, onde assenta os seus ideais. 

(Melhor deixá-lo em paz, esse canal exequível e transmissível de bactérias nocivas ao meu poder intelectual).

Por tudo o que me passou hoje pela cabeça encontrei a forma que mais se ajusta ao meio ambiente onde vivo, já que o pensar obstruiu todos os meus canais interiores e exteriores, e até se fez caminho para que ao Norte vá chegando, e com o Sul me vá sustentando. Imagino-me sempre a correr de um lado para o outro, mas este peso que ocupa parte do meu imaginário é já uma continuação de um pensamento abstracto a querer alcançar a lógica que escapa à verdade de um raciocínio ímpar, e ao mesmo tempo esperançoso na vivência em paralelo com o mundo que o criou. Esse é um mundo à parte quando me identifico com os medos de sofrer por não poder pensar em nada, a não ser na minha linguagem inexpressiva de hoje.

Este corpo a querer fornecer novas atitudes perante a decadência de um lugar inóspito, sempre que se deita à espera por novas investidas de um sonho, onde o pensamento não passa de simples embuste a deixar pegadas num solo infértil. Pudesse eu saber onde vou, sempre que o meu corpo aguarda por novos ajustes ao meio, e seria a metade na procura da outra metade onde o pensar é só um caminho para chegar ao centro onde reside a minha vontade. 

(Criei um corpo novo! De que adianta saber-me dona de corpos estranhos que não sabem como percorrer as várias entranhas, enquanto permaneço acordada sempre que sonho?)

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